segunda-feira, 20 de junho de 2011

A dois

Uma flor no cabelo
Um alento
Uma carícia nos lábios
Envolvimento a dois
Momento mágico se faz
No corpo um suave toque
Um turbilhão de sonhos
Pele com pele a queimar
Num vulcão de abraços
Nosso refúgio de amor
Entre beijos e ternura
Um perfume embriagador
Eterniza os nossos laços
O tempo para um instante
Encontro de prazer
Asas estendidas ao vento
Penetra no livre infinito
E descansa em paz

sábado, 22 de janeiro de 2011

As borboletas

As Borboletas
Por entre as flores
Bailavam felizes
Rodopiavam em grupos
Enfeitando a natureza
Com variedade de cores
Voavam alto, iam e vinham
Dominavam o firmamento
Pousavam aqui, ali
Fazendo amores
Suas lépidas e leves asas
Pairavam no ar
Com suavidade e beleza
E a metamorfose?
Tempo de espera
No mundo das surpresas
Desajeitadas, inseguras no galho
Ensaiando os primeiros monimentos
De repente, nas alturas
Em revoadas faziam piruetas
Azuis, vermelhas
Amarelas, brancas e pretas
De várias cores e matizes
Faziam o espetáculo
As encantadoras criaturas
E hoje, para seus admiradores
Resta uma pergunta:
Onde estão as borboletas?

A porta

De repente, bate a minha frente. Paro, olho e fico imaginando como seria uma casa sem porta.
Reflito sobre a importância, necessidade e até como poderia um profissional da construção, se solicitado um prédio, sem aberturas ou simplesmente sem porta.
As vezes ela é pequena, outras enormes, com vidros, detalhes, totalmente de madeira ou até pode ser torta.
Isso não importa. Estando aberta, passam amigos, presentes, celebridades, alegrias, mas também bandidos, ladrões e muitos indesejados.
Ela pode localizar-se para o sul ou para o norte, num canto. Mesmo assim ali está, firme, exercendo sua função.
Pois é segurança quando fechada, nos proteje do frio, do vento e até da morte.
A porta é tão significativa que nem percebemos a harmonia que faz com as janelas, embelezando o conjunto e ostentando o seu valor de ser simplesmente a porta, de vidro, madeira, alumínio... O que importa? Nada. Somente a porta!
Ficaria tão estranho um edifício sem nenhuma porta. Parece uma piada. A imaginação brinca com tudo e leva a sonhos absurdos como este: uma casa sem porta. Essa idéia ninguém suporta. Parece que nasceu morta.